Púrpura trombocitopênica

Púrpura trombocitopênica

A púrpura trombocitopênica é uma condição caracterizada pela queda anormal do número de plaquetas no sangue. Assim, as plaquetas são células fundamentais para a coagulação, e sua deficiência causa a sangramentos espontâneos e manchas roxas na pele (as chamadas púrpuras).

Portanto, do ponto de vista do cirurgião, essa doença merece atenção especial, pois, nos casos graves e refratários ao tratamento clínico, está indicada a esplenectomia — a remoção do baço — como medida terapêutica.

Tipos e causas da púrpura trombocitopênica

Classifica-se essa condição como:

  • Púrpura trombocitopênica imune (PTI): ou seja, de origem autoimune, quando o corpo passa a destruir suas próprias plaquetas.
  • Púrpura trombocitopênica secundária: associada a infecções, uso de medicamentos, lúpus, HIV, entre outras causas.

Em primeiro lugar, o tratamento envolve corticóides ou medicamentos imunossupressores. Porém, quando há resistência à medicação ou recidivas frequentes, o cirurgião entra em cena como parte essencial do plano terapêutico.

Quando indica-se a cirurgia?

Em suma, indica-se a esplenectomia nos seguintes casos:

  • Falha no tratamento medicamentoso
  • Queda persistente e grave das plaquetas
  • Risco elevado de sangramentos
  • Necessidade contínua de altas doses de medicamentos

O baço é um órgão responsável por parte da destruição das plaquetas, e sua retirada pode melhorar significativamente a contagem dessas células no sangue. Além disso, realiza-se a cirurgia por via laparoscópica, com recuperação mais rápida e menos dor. No entanto, em casos selecionados, como nos baços gigantes, a cirurgia tradicional, pela via aberta, está indicada.

Sintomas comuns da púrpura trombocitopênica

  • Manchas roxas ou vermelhas na pele
  • Sangramento nasal ou gengival frequente
  • Hematomas com facilidade
  • Sangue na urina ou nas fezes
  • Fadiga e mal-estar

Importância do acompanhamento cirúrgico

Pacientes com púrpura trombocitopênica devem ser acompanhados por equipe multidisciplinar. Dessa forma, o cirurgião especializado avalia cuidadosamente cada caso para definir se a esplenectomia é necessária, buscando melhor qualidade de vida e controle da doença.

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