Tumor no fígado. A diferença do maligno e benigno.

Tumor no fígado. A diferença do maligno e benigno.

Se você foi diagnosticado com um tumor no fígado, o primeiro passo dado pelo médico responsável em seu caso é descobrir se ele é maligno ou benigno, pois isso é um fator diretamente ligado ao seu plano de atendimento. Vamos entender sobre o tumor no fígado, a diferença do maligno e benigno. 

 

Em resumo, o significado de maligno é um tumor cancerígeno e o contrário para um tumor benigno. 

 

Hoje explico um pouco mais sobre o diagnóstico de tumor no fígado e como é possível entender a diferença do tumor maligno e benigno, além de entender como os dois diagnósticos afetam sua saúde.

O que é um tumor?

Os tumores são massas anormais de tecido, geralmente formadas quando as células começam a se reproduzir em uma taxa descontrolada. Desenvolvem-se no fígado e, dessa forma, os não cancerígenos são considerados benignos, enquanto os malignos são cancerígenos. 

 

Para determinar se um tumor é benigno ou cancerígeno, o médico colhe uma amostra das células através de um procedimento chamado de biópsia. Logo em seguida, a biópsia é analisada por um patologista em microscópio, visto que esse é um médico especialista em ciências laboratoriais.

 

Conhecidos como tumores hepáticos, um tumor maligno do fígado inclui o câncer de fígado (clinicamente conhecido como carcinoma hepatocelular primário, carcinoma hepatocelular ou HCC), geralmente desenvolvido a partir de uma cirrose hepática. Dos mais conhecidos tumores hepáticos, as metástases hepáticas usualmente estão relacionadas ao câncer de cólon, estômago, pâncreas, mama ou pulmão.

 

Já nos casos de tumores benignos do fígado, o mais comum é o hemangioma (popularmente chamado de esponja de sangue), devido à sua formação de vasos sanguíneos no fígado. Um tratamento raramente é necessário para casos de tumores benignos. Regularmente, os médicos responsáveis usam diferentes medidas para combater o câncer de fígado e as metástases hepáticas. Assim, o prognóstico depende do tipo e da extensão do tumor. 

Tumor no Fígado | Hepático não cancerígeno

Os tumores não cancerígenos são conhecidos como benignos. 

 

Acredite ou não, eles são bastante comuns e geralmente não apresentam sintomas. Na verdade, eles são encontrados porque o paciente se submete a um ultrassom, tomografia computadorizada ou ressonância magnética por outros motivos. 

 

Os tumores benignos às vezes podem crescer o suficiente para causar problemas, mas eles não crescem nos tecidos próximos ou se espalham para partes distantes do corpo como os tumores malignos ou cancerígeno podem. Se eles precisam ser tratados – é decidido em conjunto com o médico responsável, com base no histórico do paciente e nos exames laboratoriais – mas, geralmente, é curado por meio de cirurgia. 

 

Os tipos de tumores benignos do fígado incluem: 

Hemangioma 

O tipo mais comum de tumor benigno do fígado. 

 

Os hemangiomas começam nos vasos sanguíneos, não causam sintomas e não precisam de tratamento. Mas, alguns deles podem sangrar ou ficarem tão grandes para causarem dores e devem ser removidos cirurgicamente. 

Adenoma hepático 

O adenoma hepático é um tumor benigno iniciado principalmente na célula hepática chamada hepatócitos. A maioria não causa sintomas e não precisa de tratamento. 

 

Mas, eventualmente, causam sintomas, como dores ou massa no estômago, além da perda de sangue frequente. Como existe o risco de o tumor se romper, levando a uma perda sanguínea grave, bem como um pequeno risco de que possa eventualmente evoluir para câncer de fígado, o médico responsável recomenda a cirurgia de remoção do tumor. 

Hiperplasia nodular focal 

A hiperplasia nodular focal é um tumor semelhante a um tumor composto de vários tipos de células (hepatócitos, células do ducto biliar e células do tecido conjuntivo);

 

Embora os tumores hiperplásicos sejam benignos, pode ser difícil diferenciá-los dos verdadeiros cânceres de fígado, e frequentemente, são removidos quando o diagnóstico não é claro. Então, se você estiver com sintomas de um tumor hiperplásico, ele pode ser removido com cirurgia. Assim, ambos os adenomas hepáticos e os tumores hiperplásicos são mais comuns em mulheres do que em homens e podem estar relacionados à pílula anticoncepcional oral

Cistos hepáticos 

Cerca de 5% da população desenvolve cistos hepáticos. 

 

Esses cistos são crescimentos benignos que contém fluidos produzidos pela parede celular. A maioria não precisa de terapia, mas alguns cistos podem crescer e serem grandes o suficiente para causarem dores. Dessa forma, podem ser drenados por laparoscopia em ambiente ambulatorial. 

Tumor no Fígado | Hepático cancerígeno

Um tumor maligno denomina o tumor feito de células cancerígenas e das quais podem invadir tecidos próximos. Algumas células cancerígenas podem se mover para a corrente sanguínea ou nódulos linfáticos, onde podem se espalhar para outros tecidos do corpo – dando início ao processo conhecido como metástase. 

 

Alguns tipos de tumores benignos raramente se transformam em tumores malignos. Mas, alguns tipos, como pólipos adenomatosos no cólon têm um risco maior de se transformar em câncer. E, por este motivo, os pólipos (benignos) são removidos durante uma colonoscopia, sendo uma das melhores formas de prevenir o câncer de cólon de um paciente. 

 

Nem sempre, é claro, um tumor é benigno ou maligno. Por isso, o médico responsável pelo caso irá utilizar de vários fatores diferentes para diagnosticar um ou outro. Além disso, é possível que uma biópsia encontre células pré-cancerígenas mais prevalentes. 

 

Nesses casos, o que se pensava ser benigno pode se tornar maligno à medida que cresce e se desenvolve. Assim, um tumor no fígado maligno pode ser diagnosticado como: 

Tumor de Fígado Metastático 

Na maioria das vezes, quando o câncer é encontrado no fígado, ele não começou ali, mas espalhou-se ou metastatizou em alguma outra parte do corpo, como pâncreas, cólon, estômago, mama ou pulmão. Esses tumores são nomeados e tratados com base em onde começaram. Por exemplo, se o seu câncer começou no pulmão e se espalhou para o fígado, ele ainda é chamado de câncer de pulmão. 

 

Os tumores hepáticos cancerígenos ou malignos podem se originar no fígado (conhecido como câncer de primário do fígado) ou se espalhar para o fígado a partir de outro câncer em outras partes do corpo (câncer hepático metastático). A maioria dos tumores cancerígenos no fígado são metastáticos, sendo incluídos os tipos: 

Câncer do ducto biliar (colangiocarcinoma intra-hepático) 

O ducto biliar começa no fígado. 

 

No fígado, tubos menores, semelhantes a pequenos vasos sanguíneos, drenam a bile das células do fígado em ramos cada vez maiores, terminando em um tubo chamado ducto biliar comum. Fora do fígado, o ducto biliar drena para o intestino delgado. 

 

A vesícula biliar é um reservatório que retém a bile até que o alimento chegue ao intestino. Ela é ligada por um pequeno ducto cístico, ao ducto biliar comum a cerca de ⅓ do caminho que desce do fígado pelo ducto biliar. O fim do ducto biliar ‘’deságua’’ no intestino delgado. 

 

O câncer do ducto biliar começa quando as células normais no ducto biliar mudam e crescem de forma incontrolável, formando uma massa chamada tumor. Um tumor pode ser benigno ou maligno. Aliás, cerca de 10 a 20% dos cânceres de fígado são cânceres do ducto biliar. Assim, a remoção cirúrgica desses tumores oferece a melhor chance de cura. 

  • Angiossarcoma e hemangiossarcoma 

Angiossarcoma e hemangiossarcoma são cânceres raros que começam nas células que revestem os vasos sanguíneos do fígado. São dois tipos de tumores com crescimento rápido e, no momento que são encontrados, costumam estar muito disseminados para serem removidos cirurgicamente. 

 

A quimioterapia e a radioterapia podem ajudar a retardar a doença, mas esses tipos de câncer geralmente são muito difíceis de tratar. 

 

Hepatoblastoma 

É um tipo muito raro de câncer que se desenvolve em crianças, geralmente, menores de 4 anos. 

 

As células do hepatoblastoma são semelhantes às células do fígado fetal. A cirurgia e quimioterapia são tratamentos com sucesso nestes tipos de caso, embora este tipo de tumor seja mais difícil de tratar se espalhado para fora do fígado.

Diagnósticos? Apenas com especialistas. 

Ser diagnosticado com um tumor pode ser uma experiência repleta de ansiedade. Então, certifique-se de discutir suas preocupações com um especialista e pergunte como encontrar apoio e forças neste momento delicado. E, lembre-se: quanto mais cedo você ou seu médico detectarem um nódulo, mais provável é o tratamento do tumor. 

 

Portanto, se você notar algo incomum em seu corpo, não realize auto diagnóstico e busque imediatamente assistência médica.

Compartilhe esse artigo

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Email

Artigos relacionados

× Agendar consulta