Os tipos de cistos de pâncreas são muito variáveis. Na grande maioria dos casos, são benignos e assintomáticos. Dessa forma, faz-se o diagnóstico quando realizamos exames de imagem por algum outro motivo. Chamamos isso de achado incidental. Assim sendo, os exames com maior probabilidade de detectar um cisto de pâncreas são a tomografia computadorizada e a ressonância magnética. No entanto, isso é muito frequente. Estima-se que ocorra em torno de 12 a 15% dos exames. Ao contrário, o ultrassom não apresenta essa capacidade de detecção. O motivo é que o pâncreas se localiza muito profundamente no interior da cavidade abdominal. Esse local é de difícil visualização pelo ultrassom. Os cistos podem ser inflamatórios, não neoplásicos e neoplásicos.
Cistos inflamatórios
Ocorrem após um episódio de pancreatite aguda. São totalmente benignos. O processo inflamatório pode causar necrose do pâncreas, ruptura do ducto pancreático e extravasamento do seu conteúdo ou a transudação de líquido ao redor do órgão. Na verdade, todas essas situações não são cistos verdadeiros. No entanto, nos exames de imagem a aparência é muito semelhante. Seja como for, na grande maioria dos casos esses achados desaparecem espontaneamente após o tratamento da pancreatite.
Cistos não-neoplásicos
A princípio, o próprio nome já define que são benignos. Existem diversos tipos de cistos de pâncreas não-neoplásicos, como: os cistos de retenção, os cistos verdadeiros, os cistos linfo-epiteliais e os cistos mucinosos não-neoplásicos.
Cistos neoplásicos
Podem ser benignos ou malignos. Contudo, um cisto benigno pode evoluir para um maligno. Além disso, correspondem a mais de 50% dos casos. Entre os totalmente benignos, encontramos a neoplasia cística serosa. Ao contrário, a neoplasia cística mucinosa e o tumor pseudopapilar sólido apresentam alta probabilidade de serem malignos. Outro tipo de cisto neoplásico é o IPMN, ou neoplasia mucinosa intraductal papilar. Ele é o mais frequente e pode ser benigno ou maligno. Em síntese, a principal tarefa do médico é estabelecer se esse tipo de cisto tem maior chance de ser benigno ou se ele já se encontra em uma fase pré-maligna ou maligna. Para isso, pode ser necessário o seguimento com exames de imagem seriados.