Introdução
A pedra na vesícula é muito comum na população. Por exemplo, estima-se que nos Estados Unidos acometa aproximadamente 8% dos homens e 16% das mulheres. Elas se formam devido a vários fatores de risco. Em suma: sexo feminino, idade, genética, diabetes, dislipidemia, obesidade, perda rápida de peso, alguns medicamentos, algumas doenças como a cirrose hepática e as anemias hemolíticas. Logo, existem diversos tipos de pedra na vesícula: pedras de colesterol, pedras pigmentares negras e pedras pigmentares marrons. A seguir descreveremos os principais tipos de pedra na vesícula e seu mecanismo de formação.
Pedras de colesterol
Ocorrem quando os fatores de risco causam aumento da quantidade de colesterol na bile. Ou seja, o colesterol está presente na bile na forma de microcristais. Quando presentes em grande quantidade, esses cristais se precipitam e formam as pedras. É o tipo mais comum de pedra na vesícula. O tratamento é remoção da vesícula biliar.
Pedras pigmentares negras
Esses tipos de pedras ocorrem nos casos de hemólise, como a causada nas anemias hemolíticas. Dessa forma, glóbulos vermelhos são destruídos no baço liberando grandes quantidades de bilirrubina indireta. Em primeiro lugar, essa bilirrubina em excesso é captada pelo fígado. Na sequência, esse excesso de bilirrubina causa as pedras no interior da vesícula. O tratamento nessas situações envolve a remoção da vesícula biliar e, em alguns casos, a remoção do baço.
Pedras pigmentares marrons
Essas pedras estão associadas a infecções bacterianas ou parasitárias no sistema biliar. Essa infecção produz algumas enzimas que afetam a composição natural da bile presente nos canais biliares. Como consequência, ocorre a formação de pedras. Mais frequentemente, elas ficam localizadas nos canais biliares e não no interior da vesícula biliar. Nesse tipo de situação o tratamento geralmente é mais complexo. Ou seja, o fator que provocou a infecção no sistema biliar deve ser tratado.