Introdução
Atualmente, discute-se muito doação de órgãos. Antes de mais nada, isso é muito bom. No entanto, trata-se de uma questão polêmica e divulga-se muitas desinformações. Enfim, apresentaremos de maneira didática e esclarecedora alguns aspectos a respeito desse assunto.
Quem pode ser um doador de órgãos
No Brasil, a grande maioria dos doadores de órgãos são falecidos. Nesse sentido, iremos comentar sobre esse tipo de doador. O transplante com doador vivo também existe, em menor quantidade. Doador falecido significa que a pessoa encontra-se em morte cerebral. Esse é o critério de morte aceito pela medicina. Ou seja, o cérebro não funciona de maneira irreversível. Apesar disso, os outros órgãos apresentam funcionamento normal. Isso ocorre inclusive com o coração. Em outras palavras, a morte ocorre quando o cérebro para, não o coração. Provavelmente essa é a principal desinformação de senso comum.
Como um doador de órgãos é selecionado
Os potenciais doadores de órgãos estão internados nas UTIs. Trata-se de pacientes graves devido às doenças e condições causadoras da morte cerebral. Na maioria das vezes foram vítimas de trauma craniano ou derrame (AVC). Eles não devem apresentar doenças graves que possam prejudicar os receptores dos órgãos. Em síntese, infecções, tumores, outros traumatismos, etc. A identificação da morte cerebral é um assunto levado muito a sério nas UTIs. Trata-se de um procedimento seguro e realizado por especialistas.
Como se faz a doação de órgãos
É necessária uma cirurgia para a captação dos órgãos. Antes de mais nada, é uma cirurgia complexa e realizada somente por cirurgiões muito bem formados. Existe uma técnica sofisticada para a preservação dos órgãos até que ocorra o implante dos mesmos. Essa também é uma questão sobre a qual existe muita desinformação. Assim sendo, não é possível a realização de uma cirurgia de captação de órgãos em locais que não sejam grandes hospitais. Histórias fantasiosas de pessoas nas quais removeu-se seus órgãos à revelia simplesmente não existem.