Introdução
Os acessos venosos são essenciais em diversas situações médicas. No entanto, são motivo de queixas frequentes dos pacientes tanto durante a instalação quanto durante a manutenção. Dividem-se em acessos venosos periféricos e acessos venosos centrais. Os primeiros, são muito mais frequentes e tecnicamente simples. Os últimos, mais raros e tecnicamente mais complexos, são essenciais em situações mais críticas e apresentam risco maior.
Acessos venosos periféricos
Confecciona-se esse tipo de acesso venoso através da punção de uma veia superficial. Logo, são veias habitualmente visíveis a olho nu. Em primeiro lugar, posiciona-se um garrote a montante do local de punção. Dessa forma, ele permite o ingurgitamento das veias devido à dificuldade do retorno venoso. Isso permite a identificação de uma veia adequada. Então, realiza-se a antissepcia da pele com álcool, clorexidina ou iodo. Finalmente, a punção da veia com uma agulha e a instalação de um equipo conectado a um frasco de soro. Em suma, esse tipo de acesso permite a administração de medicamentos e soro sem a necessidade de punções repetidas. A principal complicação é a tromboflebite.
Acessos venosos centrais
Nessa situação, punciona-se uma veia profunda e de grosso calibre. Essas veias não são visíveis a olho nu. Em alguns casos, realiza-se a punção guiada por aparelho de ultrassom. Logo, trata-se de um procedimento realizado por um médico com treinamento e sob anestesia geral. Dessa forma, utiliza-se com mais frequência as veias subclávias ou as jugulares internas. Posiciona-se a ponta do cateter preferentemente na veia cava superior. Ainda, fixa-se com um ponto na pele a outra extremidade. Isso evita a perda acidental do acesso. Em síntese, utiliza-se os acessos venosos centrais para coletar sangue, administrar medicamentos, soro e solução de nutrição parenteral. O risco de complicações não é elevado. No entanto, existe o risco de pneumotórax, hemotórax, trombose venosa, embolia do cateter, punção da artéria, etc.